Comendador Eduardo Algranti

Minicurrículo:

Pesquisador da Fundacentro, possui graduação em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (1975),

Residência Médica em Clínica Médica e Pneumologia (1978),

Mestrado em Pneumologia – University of Wales (1982) e Doutorado em Saúde Pública pela USP (1991)

Desde 1988, é leitor B Certificado (NIOSH/EUA).

Perfil:

Médico pneumologista começou a trabalhar na Fundacentro em 1984. Atendendo a trabalhadores e realizando pesquisas, ajudou a construir a história da instituição e da SST no país. Atuou, principalmente, nos seguintes temas: epidemiologia, exposição à sílica e asbesto, doenças como asma ocupacional, silicose, câncer do pulmão, asbestose e mesotelioma, métodos de imagem em doenças ocupacionais pulmonares.

A questão do amianto marca a sua trajetória. A Fundacentro estuda a exposição a essa fibra desde 1985. Um longo caminho até chegar ao banimento em 2017 pelo STF. Um levantamento de trabalhadores atendidos na instituição que apresentou ao STF em 2012, aponta que de 1.333 trabalhadores expostos, 356 tiveram diagnosticadas doenças associadas ao amianto, o que corresponde a 26,7% do total. Na ocasião foram computados 139 casos de asbestose, oito de câncer de pulmão, sete de mesotelioma e dois de câncer de laringe.

Segundo o médico pneumologista, entre 20 e 25% dos óbitos por mesotelioma não têm registro adequado em termos mundiais. De 1994 a 2008, houve 955 óbitos registrados por esse tumor no Brasil. A estimativa é que tenham ocorrido 1400 casos no período. Em outro estudo, foram levantados 929 óbitos causados por mesotelioma entre 2000 e 2012. A partir da análise desses dados e da aplicação de um modelo estatístico, chegou-se a estimativa de 1911 mortes por mesotelioma entre 2013 e 2030, com pico de ocorrência previsto para o período de 2021 a 2026.

Os resultados de suas pesquisas foram apresentados em periódicos científicos e congressos internacionais, levados à (OMS) e à (OIT).

Atualmente, possui 51 publicações de sua autoria ou coautoria listadas no PubMed.

Foi diretor do Centro Colaborador da OMS em Saúde Ocupacional-Fundacentro, de 2004 a 2017. Pela sua trajetória profissional, foi nomeado membro do Collegium Ramazzini em 2019.